29 de jun. de 2013

DNA do cavalo tem 700 mil anos e é o mais antigo já decifrado por cientistas


Pesquisadores divulgaram feito em artigo publicado na revista 'Nature'.
Estudo foi possível a partir de fragmentos encontrados congelados.
Cavalos Przewalski em reserva natural West Lake, na China. Cientistas decifraram genoma do cavalo, que já é considerado o mais antigo DNA já descrito pelo homem até hoje (Foto: Ed Jones/AFP)

Uma equipe de pesquisadores conseguiu decifrar o genoma de um cavalo de 700 mil anos, que passou a ser considerado como o mais antigo genoma já analisado até agora e um feito que permite contemplar a possibilidade de ler o DNA de fósseis que se pensavam danificados demais para fornecer informações exploráveis.
O estudo foi publicado nesta quarta-feira (26) pela revista científica "Nature". Os cientistas analisaram fragmentos de ossos fossilizados que foram encontrados em 2003, em uma camada de solo congelado em Yukon, no Canadá. De acordo com Ludovic Orlando, cientista do Museu de História Natural da Dinamarca e um dos autores do estudo.
O osso de cavalo permite a comparação morfológica com outros cavalos, pré-históricos ou não. É um osso preservado no frio, com 735 mil anos. Apesar de o mais antigo genoma sequenciado até o momento ter sido o do homem de Denisova, dez vezes mais jovem (com idade estimada entre 70 mil a 80 mil anos), a equipe dinamarquesa decidiu enfrentar o desafio e analisá-lo.
"Era uma oportunidade única para fazer avançar ao limite nossas tecnologias (...) Quando começamos, eu mesmo, para ser honesto, pensei que não fosse possível', emendou Orlando, principal autor do estudo.
Duas peças de parte do fóssil de 700 mil anos que
foram examinadas pelos cientistas
(Foto: Divulgação/Ludovic Orlando)

Surpresa na investigação
Os cientistas verificaram antes se as moléculas dos ossos estavam bem preservadas pelo gelo durante tanto tempo. Não só encontraram ali os constituintes do colágeno, proteína principal dos ossos, mas conseguiram sequenciá-la. E, surpresa: desta forma viram outras moléculas, como os marcadores dos vasos sanguíneos que irrigam o osso.
Todas as condições pareciam favorecer a busca do DNA com a tecnologia denominada de "segunda geração", a única disponível na época. Mas, "só conseguimos obter um fragmento de DNA uma vez a cada 200 tentativas", afirmou Orlando.
Então, os pesquisadores utilizaram o sequenciamento de "terceira geração", que possibilita sequenciar moléculas de DNA sem manipulá-las, sem amplificá-las, preservando-as ao máximo, uma vez que estavam bastante degradadas pela passagem do tempo.
O resultado foi de três a quatro vezes melhor do que antes. "Tentamos melhorar mais, mudando alguns parâmetros, como a temperatura, o método de extração e etc. De uma sequência equina de 200, passamos assim a 10 vezes mais", disse Orlando.
"Tínhamos muitas peças pequenas, mas como havia muitas, podíamos reuni-las e colocá-las sobre um genoma de referência. Como um copo que estivesse quebrado em mil pedaços, é um quebra-cabeças com bilhões de peças!", acrescentou.
"É claramente um membro da espécie do cavalo", primo distante situado "fora do grupo de todos os cavalos modernos", como prova a comparação com o genoma de cinco variedades domésticas, do cavalo de Przewalski (equino selvagem muito próximo do cavalo) e de um equino antigo de 43.000 anos atrás. "É maior que os pôneis atuais, maior que os cavalos Fjord. Tem o tamanho dos cavalos islandeses", afirmou o pesquisador.
Ancestral antigo
De quebra, os geneticistas demonstraram que o ancestral comum de todos os equinos modernos (cavalos, asnos, zebras e etc) surgiu há 4 milhões de anos, duas vezes mais cedo do que se pensava até agora. Eles também sugeriram que o cavalo de Przewalski, último remanescente da população de cavalos selvagens, é geneticamente viável apesar dos cruzamentos feitos para salvar a espécie da extinção.
Mas em especial, o feito destes cientistas abre perspectivas até agora impossíveis, permitindo sonhar algum dia com a análise de DNA de animais pré-históricos ou ancestrais do homem que se pensavam inalcançáveis.
"Mais ou menos 10% das moléculas de tamanho muito pequeno sobrevivem além do milhão de anos nestas condições. E a boa notícia é que estas moléculas têm suficiente informação detectável", resumiu o pesquisador.
"Abre-se uma porta que pensávamos que estivesse fechada para sempre! Tudo dependerá do avanço das tecnologias, mas há muitíssimos argumentos para pensar que isto nos levará a uma grande caixa-forte ao invés de a um beco sem saída", assegurou Ludovic Orlando.

Fonte: Da France Presse disponível em www.g1.globo.com

20 de jun. de 2013

Educação e consciência ambiental

Fonte: www.youtube.com

O planeta precisa da sua ajuda!

Fonte: http://www.folhanewsletter.blogspot.com

Importância da consciência Ambiental para o Brasil e para o Mundo

A partir da escassez dos recursos naturais, somado ao crescimento desordenado da população mundial e intensidade dos impactos ambientais, surge o conflito da sustentabilidade dos sistemas econômico e natural, e faz do meio ambiente um tema literalmente estratégico e urgente.
Durante o período da chamada Revolução Industrial não havia preocupação com a questão ambiental. Os recursos naturais eram abundantes, e a poluição não era foco da atenção da sociedade industrial e intelectual da época.
A partir da escassez dos recursos naturais, somado ao crescimento desordenado da população mundial e intensidade dos impactos ambientais, surge o conflito da sustentabilidade dos sistemas econômico e natural, e faz do meio ambiente um tema literalmente estratégico e urgente. O homem começa a entender a impossibilidade de transformar as regras da natureza e a importância da reformulação de suas práticas ambientais.
A humanidade está usando 20% a mais de recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. Com isso, está avançando sobre os estoques naturais da Terra, comprometendo as gerações atual e futuras segundo o Relatório Planeta Vivo 2002, elaborado pelo WWF e lançado este ano em Genebra.

De acordo com o relatório, o planeta tem 11,4 bilhões de hectares de terra e espaço marinho produtivos - ou 1,9 hectares de área produtiva per capita. Mas a humanidade está usando o equivalente a 13,7 bilhões de hectares para produzir os grãos, peixes e crustáceos, carne e derivados, água e energia que consome. Cada um dos 6 bilhões de habitantes da Terra, portanto, usa uma área de 2,3 hectares. Essa área é a Pegada Ecológica de cada um. O fator de maior peso na composição da Pegada Ecológica hoje é a energia, sobretudo nos países mais desenvolvidos.

Solo congelado do Ártico pode derreter em até 30 anos



O permafrost, solo permanentemente congelado do Ártico, pode começar a derreter entre 10 e 30 anos, liberando gases de efeito estufa na atmosfera e agravando o aquecimento global, indicou um estudo divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Departamento de Ciências da Terra na Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.
O permafrost poderia começar a derreter a partir de uma elevação das temperaturas globais de 1,5 °C, em comparação com níveis pré-industriais, antecipa este estudo realizado a partir de estalagmites antigas e que será publicado em 27 de junho na revista "Geological Society".
A temperatura global média já aumentou 0,8 ºC após a Revolução Industrial e se a tendência atual se mantiver, limite poderá ser alcançando de "10 a 30 anos", calcula a equipe chefiada por Gideon Henderson.
"É necessário fazer um esforço urgente para reduzir os gases de efeito estufa", alertaram os cientistas, que realizaram o estudo sobre estalagmites e estalagmites encontradas em uma gruta perto de Lensk, no leste da Sibéria.
Estes espeleotemas se formam quando a água da superfície se infiltra no teto da gruta, onde a temperatura ambiente é a mesma da superfície. Por isso, são testemunhos preciosos de uma época em que a região não era congelada.
Graças a vestígios de urânio e isótopos de chumbo, foi possível estabelecer que eles se formaram, em média, há 945 mil anos, depois novamente há 400 mil anos. Estes períodos de degelo do permafrost coincidem com os períodos em que a superfície da Terra era 1,5 ºC mais quente do que a era pré-industrial, com uma margem de erro de 0,5 ºC.
Estoque de carbono
Também chamado de "pergelissolo", o permafrost representa, em média, um quarto da superfície das terras no hemisfério norte. Em nível mundial, encerra 1,7 trilhão de toneladas de carbono, ou seja, cerca do dobro do CO2 já presente na atmosfera.
Se esta matéria orgânica congelada derreter, ela liberará lentamente todo o carbono acumulado e "neutralizado" com o passar dos séculos. Este excesso de devolvido à atmosfera não foi até agora levado em conta nas projeções sobre o aquecimento global que são objeto de negociações em nível mundial.
A comunidade internacional se colocou como meta limitar o aquecimento a 2 °C e conseguir alcançar um acordo global e ambicioso de limitação dos gases-estufa em 2015 durante a conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU) prevista para ser celebrada em Paris. De outra forma, as ações realizadas até o presente colocam o planeta numa trajetória de 3 ºC a 5 ºC.


Fonte: da France Presse em http://g1.globo.com
Imagem do satélite do Ártico com seu maior volume de gelo no ano (Foto: Nasa/Goddard)Imagem do satélite do Ártico com seu maior volume de gelo no ano (Foto: Nasa/Goddard)

Japoneses estudam possível 'cultivo' de órgãos humanos em animais

O governo japonês convocou nesta terça-feira (18) um painel de especialistas para debater as normas que deverão reger uma série de pesquisas para tentar "cultivar" órgãos humanos em corpos de animais antes de fazer um transplante.
Cientistas do país pedem que seja autorizado o transplante de uma célula-tronco humana em um embrião animal. O objetivo é criar um embrião "quimérico" no útero de uma porca e observar o desenvolvimento, ao longo do crescimento do animal, de um órgão humano funcional, como um fígado ou rim.
"Os especialistas vão avaliar quais possibilidades esse tipo de pesquisa gera", levando em conta a ética e a dignidade humana, afirmou à AFP um alto funcionário do painel de cientistas, juristas e jornalistas escolhido pelo governo do Japão.
As recomendações desses especialistas serão transmitidas, em julho, para um comitê governamental cuja função é fixar as normas que regem as pesquisas relacionadas a embriões no país.
A equipe de cientistas coordenada por Hiromitsu Nakauchi, da Universidade de Tóquio, é quem planeja esse embrião "quimérico", formado pelo óvulo de uma porca e por uma célula-tronco pluripotente induzida – que se forma a partir de células adultas induzidas a um estado quase embrionário, para que logo tenham a capacidade de se diferenciar e dar lugar a todos os tipos de tecidos.
"Os suínos têm órgãos parecidos com os dos seres humanos", explicou Nakauchi. "Temos usado muito esses animais na medicina, razão pela qual já são considerados aceitáveis pelo corpo humano", disse.
Fonte: Da France Press em http://g1.globo.com/